sábado, 31 de agosto de 2013

1984 - George Orwell


Autor: George Orwell
Gênero: Distopia, Ficção Política
Edição Brasileira: Companhia das Letras
Páginas: 416
Sinopse: "1984" não é apenas mais um livro sobre política, mas uma metáfora do mundo que estamos inexoravelmente construindo. Invasão de privacidade, avanços tecnológicos que propiciam o controle total dos indivíduos, destruição ou manipulação da memória histórica dos povos e guerras para assegurar a paz já fazem parte da realidade. Se essa realidade caminhar para o cenário antevisto em 1984 , o indivíduo não terá qualquer defesa. Aí reside a importância de se ler Orwell, porque seus escritos são capazes de alertar as gerações presentes e futuras do perigo que correm e de mobilizá-las pela humanização do mundo.
Conheci o livro nesta postagem do Universo dos leitores, que une algumas obras consideradas agressivas ou revolucionárias demais para que o governo espere que você leia. Me interessei muito neste livro, principalmente pela parte, no verso, que diz que o livro é uma antevisão do socialismo, de como ele evoluiria se prevalecesse sobre o capitalismo, depois da Guerra Fria. Principalmente por que eu queria isso. Preferia o socialismo, mas nunca imaginei que o futuro, contado nesse livro, pudesse ser assim, tão terrível.

É claro que temos que levar em conta que foi escrito por um americano, na época em que os EUA "guerreava" com a URSS, e, portanto, mostra os sentimentos de alguém estadunidense nesta época pelo novo modelo de governo que era demonstrado pelo opositor.

De acordo com a obra, no futuro dela (mais aproximadamente em 1984), todos os habitantes seriam profunda e rigorosamente controlados por "teletelas" (uma tela que continha câmera e microfone embutidos), vigiadas e ouvidas o tempo inteiro por membros do partido interno, em todos os lugares. Cartazes em todos os lugares, com imagens intimidadoras, diziam "O Grande Irmão zela por ti", o que é irônico, pois zelar é cuidar, e cuidar pode ser vigiar.

Neste mundo distópico, Winston Smith trabalha no partido externo, alterando a verdade em documentos de acordo com o pedido e excluindo qualquer vestígio da verdade, tornando a alteração uma nova verdade. Assim, previsões estavam sempre certas, pois numa breve confirmação do fato passado, ele estaria adequado ao que acontece no presente e não haveria traços de mudança. O passado era alterado frequentemente, se tornando inconstante, mas ninguém percebia isso. E a memória é duvidosa. Se alguém negar sua memória, não há meios de você prová-la.

O lema de governo, segundo o livro diz, é "Quem controla o passado controla o futuro, Quem controla o presente controla o passado". O controle sobre o presente é estabelecido continuamente, como podemos ver na Semana do Ódio, ou nos Dois Minutos de Ódio, em que todos são submetidos à uma "terapia", assistindo dois minutos de um vídeo que transmite ações do principal revolucionário do período, Goldstein. Nesses minutos, todos gritam e xingam Goldstein, dando vida a tudo de ruim que têm em si.

O livro voltou a ascender em vendas recentemente, com os boatos de estarmos sendo espiados pelos EUA, nas redes sociais. Mostrando que o mesmo futuro previsto para o socialismo ocorreu, veridicamente, no futuro do capitalismo.

É extremamente interessante ler um livro escrito no passado, que cria um futuro que também está no nosso passado. Estimula a compreensão do tempo e o nosso lado político e social. O livro é muito interessante e o final é incrível. Espero que sigam a dica e aproveitem a leitura!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Elantris - Brandon Sanderson


Autor: Brandon Sanderson
Gênero: Ficção Fantástica e Política
Edição Brasileira: Leya
Páginas: 576
Sinopse: O príncipe Raoden, de Arelon, foi um dos tocados pela maldição que o levou a viver, ou a tentar sobreviver, em meio à loucura e maldições da cidade caída que, desde a maldição, tornara-se um cemitério para os que foram amaldiçoados. Prestes a se casar com Sarene, filha do rei de um país vizinho de Arelon – uma mulher que nem chegou a conhecer pessoalmente, mas que, mesmo com um casamento politicamente forçado, passou a conviver por meio de cartas – o príncipe é dado como morto, uma situação que parece ser irremediável, mas que precisa de explicações. E são esses mesmos esclarecimentos que Sarene procura ao chegar em Arelon e descobrir que tornara-se viúva antes mesmo de conhecer seu marido. E a partir daí começa a entender que terá que tomar conta de tudo sozinha, principalmente de um homem chamado Hrathen, um dos mais poderosos nobres, que está disposto a substituir o rei Iadon, pai de Raoden, para poder converter o país à religião Shu Dereth.

Eu me orgulho de poder dizer que tenho este livro em minha estante. Apesar da pouca fama e divulgação (nunca tinha ouvido falar dele, comprei por acaso, numa promoção) comparada aos outros grandes títulos atuais, como As crônicas de Gelo e Fogo (que, por acaso, ainda não li), e mantendo-se oculta na sombra das mesmas, Elantris é uma excelente obra.

No início da leitura, eu não dava muita importância ou valor para o que acontecia com os personagens, ia apenas lendo e admirando a capa ou pesquisando os aons, seus símbolos e significados quando estes apareciam na história. Entretanto, logo perto da metade do enredo, eu estava fascinado por Arelon, pelo carisma e pelas táticas habilidosas de governar à distância de Sarene, pelo carisma ainda maior e força de vontade de Raoden e, com um pouco de raiva por admirar a ousadia inteligente das jogadas de Hrathen.

O livro intercala capítulos dos personagens principais; Sarene, a princesa de Teod, que foi à Arelon para casar com o príncipe de Arelon, Raoden, criando, além de uma relação íntima, uma aliança política muito forte, com o principal objetivo de mostrar resistência ao Shu Dereth, sendo Arelon e Teod os únicos países ainda não considerados oficialmente derethis; Raoden, que como já descrevi, é o príncipe de Arelon e está prestes a se casar com Sarene, mas é tomado pela Shaod, uma transformação mística, que antes tornava os arelenos seres quase divinos, capazes de usarem magia, mas que agora, sem motivo aparente, trazia à vítima uma maldição misteriosa. Os tomados pela Shaod antiga, que divinizava, iam viver em Elantris, uma cidade-fortaleza criada pelos mesmos. Agora, eles eram aprisionados em Elantris, que, de certa forma, apodreceu, repleta de lodo e seres estranhos e primitivos, talvez até agressivos. E, por último, Hrathen, um sacerdote muito fiel ao Shu Dereth, com passado obscuro e agora, a missão de converter, do jeito mais pacífico possível, toda Arelon, começando estrategicamente por Kae, a cidade próxima à maldição que é Elantris, dentro de terminado prazo.

É realmente incrível ver quanto é possível mudar com força de vontade. Mesmo sem nada para fazer, muito é feito. Todos os segredos descobertos por Raoden sobre Elantris e seu recente amaldiçoado passado. O livro foi ótimo e está na minha lista de favoritos. Recomendo com certeza!

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A Espada na Pedra - T. H. White


Autor: T. H. White
Gênero: Ficção Fantástica
Edição Brasileira: Hamelin
Páginas: 256
Sinopse: Seria inconcebível o sucesso extraordinário de histórias como O Senhor dos anéis e Harry Potter sem que, antes delas, existisse a seminal e insuperável obra de T.H. White, O único e eterno rei, da qual A espada na pedra é o primeiro dos cinco volumes. Esta versão definitiva da lenda arturiana, lida e amada por todas as gerações e fonte generosa de inúmeras outras obras no cinema, no teatro e na literatura, é uma influência cultural decisiva do nosso tempo. Este primeiro volume apresenta a educação do jovem Arthur, aqui apelidado Wart, sob o teto de seu tutor, sir Ector, e introduz a figura de seu grande guia da vida inteira, o mago Merlin. Dos cinco volumes que compõem a saga, este é o de maior apelo entre jovens. Ao inaugurar a história, A espada na pedra toca na mais explícita manifestação da permanência da vida humana, a predestinação, que é a garantia da justiça, patrocinada por um poder maior, a divindade. Só esse aspecto já serve para definir O único e eterno rei como um monumento à transcendência enredando os leitores numa teia feita de aventura, agilidade, humor, assombro. O rito de passagem enfrentado pelo jovem que o destino escolhe para ser o rei é a metáfora da luta para merecer a eternidade: aprender os segredos é aprender a ser digno da escolha; e o aprendizado se faz dentro dos princípios da ética e da estratégia.
Acho que todos nós, seres cultos deste mundo, já ouvimos falar no Rei Arthur, não é? Ouvimos que ele foi coroado após ser o único a conseguir tirar a lendária espada Excalibur de uma pedra onde estava presa, mesmo sendo apenas uma criança e estar competindo com os mais fortes cavaleiros do mundo, etc. "Mas, que etc?" Foi a pergunta que eu me fiz ao ver esta reedição maravilhosa. Respondi a mim mesmo que não conhecia a lenda e, de certa forma, fiquei com vergonha, afinal, é muito famosa e obviamente tem algo de valioso no seu conteúdo. Comprei o livro numa promoção ótima e o li rapidamente (é curto e encantador).

A obra retrata, de forma que parece ser muito realística ao relacionada com a época à que se refere, a história de Wart, um garoto adotado por Sir Ector e que, portanto, vive em seu castelo, junto com Kay, filho biológico de Sir Ector.

Wart é um pouco ingênuo, como qualquer criança pode ser, e muito curioso. Não se importa muito com o que pensam dele, e poucos pensam nele, o que pode parecer triste, mas como já disse, ele não se importa.

Como é natural pensar que ocorre, Kay era mimado por todos no castelo, se tornando um pouco egoísta e arrogante, mas conservando um bom coração. Apesar disso, Wart gosta muito dele e brincam juntos quando podem. Além de frequentarem as mais diversas aulas juntos.

Num desses dias, brincando, resolvem caçar coelhos com Cully, o falcão. Kay (depois de alguma disputa, estrategicamente cedida por Wart) leva-o no braço, mas não o lança como deveria e Cully, mal-humorado, voa para uma árvore na floresta e lá fica. Os garotos tentam de tudo, mas o falcão se recusava a sair de lá. Kay, percebendo que anoitecia, vai embora, dizendo que Hob pode treinar outro falcão e, então, Cully não seria mais necessário. Wart fica, pois sabe que Cully é o falcão preferido de Hob e certamente ficaria muito chateado em ter perdido-o.

É nesse momento, durante a noite, sozinho e na floresta, que Wart se lembra de todas as lendas que se contavam sobre a floresta. Desde arqueiros fora-da-lei até bestas assustadoras a habitavam, diziam. Mas, tentando ignorar o medo, Wart busca por Cully, entre as árvores, até perdê-lo de vista e quase ser flechado por arqueiros invisíveis. Cansado, procura abrigo e dorme.

Amanhecendo, percebe que está com muita fome e, sem esperanças, procura por frutos silvestres. Acaba por encontrar o Rei Pellinore, um cavaleiro maluco e seu cavalo e sua cadela, que estão atrás da Besta Gemente e seus excrementos. Depois de uma conversa maluca, o Rei parte novamente em busca da Besta, deixando Wart sozinho e perdido.

Aí, bem aí, é que Wart encontra um velhote e seu chalé, no meio da floresta. Ele se identifica, dizendo que se chama Merlin e pede se o garoto é Wart, que, assustado, confirma.

Merlin o convida para entrar em seu chalé, apresenta Archimedes, sua coruja falante e o ajuda a encontrar o castelo, se oferecendo como seu tutor a partir daí. Merlin é uma pobre criatura condenada a viver ao contrário, nascendo velho e morrendo jovem. Sempre sabe "o quê", "onde" e "com quem", mas nunca exatamente "quando". Viria a acontecer ou teria acontecido? Isso, no entanto, como toda dádiva traz uma perda equivalente (mas cujo valor se perde mais rapidamente que o da dádiva) e vice-versa, o traz sabedoria, experiência, "tempo?" e o dom da magia.

A obra se diferencia muito de outras por não apresentar um problema inicial, mas apenas final, com uma excelente e calma (ou não, mas tranquila), preparação do ambiente para sua chegada, além da sua rápida finalização. Mostra que, apenas quando se aceita o inevitável, o intangível, é que se avança na vida.
O mais profundo desejo (sonho) de Wart é "Acabar com todo o sofrimento do mundo" ou, se falhasse na tarefa "absorvê-lo inteiramente", sendo então o único a sofrer no mundo. O sonho se revela difícil não pela "estupidez" infantil (ao contrário, mostra que é totalmente cabível pensar assim), mas por Wart ser quem ele era: o irmão adotado. Condenado a ser o escudeiro do futuro Sir Kay e, portanto, ser privado de aventuras próprias e coisas assim. Foi aceitando o destino, que descobriu quem realmente era e quem viria a ser.

Como o verso do livro diz, nos comentários, é perceptível a inspiração de vários muitos autores na obra. Tais como os animais divinizados e falantes de Nárnia (C. S. Lewis), a realeza espontânea e vários problemas com irmãos adotivos (Duda Dursley) de Harry Potter (J.K. Rowling) e "as canções animadas a todo momento" e o mago sábio que cita "bons dias" e "belos dias" de O Hobbit e O Senhor dos Anéis ( J. R. R. Tolkien)

A reedição, produzida pela Hamelin, é realmente caprichada. Com um preço baixíssimo, temos uma bela capa com alto relevo, orelha para marcar páginas, folha amarelada e vários "friques" que enfeitam o interior do livro, como divisores nos capítulos e números grandes e coloridos. Já encomendei o segundo da série: "A Rainha do ar e das sombras". Vale muito a pena ler!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

O Clã dos Magos - Trudi Canavan


Autora: Trudi Canavan
Gênero: Ficção Fantástica
Edição Brasileira: Novo Conceito
Páginas: 446

Sinopse: Todos os anos, os magos de Imardin reúnem-se para purificar as ruas da cidade dos pedintes, criminosos e vagabundos. Mestres das disciplinas de magia, sabem que ninguém pode opor-se a eles. No entanto, seu escudo protetor não é tão impenetrável quanto acreditam. Enquanto a multidão é expurgada da cidade, uma jovem garota de rua, furiosa com o tratamento dispensado pelas autoridades a sua família e amigos, atira uma pedra ao escudo protetor, colocando nisso toda a raiva que sente. Para o espanto de todos que testemunham a ação, a pedra atravessa sem dificuldades a barreira e deixa um dos mágicos inconsciente. Trata-se de um ato inconcebível, e o maior medo do Clã de repente se concretiza: uma maga não treinada está à solta pelas ruas. Ela deve ser encontrada, e rápido, antes que seus poderes fiquem fora de controle e destruam a todos.


O livro faz parte d'A Trilogia do Mago Negro, composta por O Clã dos Magos, A Aprendiz e O Lorde Supremo.

Nesta excelente obra fantástica, Trudi Canavan nos conta a história de Sonea, uma favelada de Imardin, que, após lançar uma pedra que atravessa uma barreira mágica, descobre que pode usar magia. Há apenas alguns problemas nisso; Ela descobriu isso na frente de grande parte da cidade e da maior parte do Clã dos Magos, que tem regras claras sobre a existência de magos fora do clã; Ela é pobre, não tem onde morar e, agora que se tornou necessário, nem onde se esconder. Afinal, o que o Clã faria com ela? Certamente não iria se dar o trabalho de educar uma favelada, quando tinha vários aprendizes de origem nobre. Provavelmente iriam querer se livrar dela, matá-la.

Desesperada e em situação de risco potencial, Sonea corre, tão rápido e para tão longe quanto pode. Encontra ajuda e abrigo em Ceri, um amigo que conhecia desde criança, mas que agora participava dos rebeldes que manifestavam contra a purificação, sendo um fora-da-lei e que, segundo alguns, era membro dos Ladrões. Os rebeldes ficam confusos, pois não sabem se é bom ou ruim tê-la a seu lado. Enquanto alguns apreciam seus poderes, que poderiam ser usados para curar e contra-atacar os magos com eficiência, outros desconfiavam de suas intenções, afirmando que poderia ser um membro do clã disfarçado. Para sua segurança, Ceri leva Sonea de lá e a esconde na cidade, revelando a utilidade de ter realmente a ajuda dos Ladrões.

Junto com os Ladrões, Sonea é estimulada a tentar usar magia e, embora realmente parecesse ter alguma ajuda praticar, o poder se torna cada vez mais perigoso e fora de controle, ameaçando a vida dos mais próximos.

Lorde Rothen, um mago experiente do clã, que vira Sonea atirar a pedra que criou toda a confusão, busca inquieta e incessantemente por Sonea, revelando muito interesse nela. Apoiado não com muito empenho por seu amigo mago, Lorde Dannyl, deseja encontrar Sonea para mostrá-la as vantagens de poder usar e controlar a magia e quão grande ela poderia se tornar se aceitasse a si mesma daquele jeito. Encontrá-la também, antes de outros magos do Clã, pois entendem que, como os rebeldes, vários dos magos têm sentimentos obtusos em relação à recente descoberta e desejam, mais que tudo, usá-la para seus mais perversos fins pessoais.

Vale realmente muuuito a pena ler. O maior problema com a série, pelo que posso sentir tendo lido apenas o primeiro livro, são os nomes dos livros sucessores, que, infelizmente, revelam muito do seu conteúdo.  Me surpreendi quando percebi que, mesmo no começo do livro, Sonea já começa a ser perseguida pelos magos e por vários cidadãos, que desejam uma recompensa, posta pelos magos para conseguir ajuda na busca e captura de Sonea e, como é possível deduzir pelo título do segundo livro, apenas lá, ela se torna uma aprendiz. Trudi consegue nos enrolar, cativar com enorme destreza, sem que nos demos conta disso, até que você acabe o primeiro livro, analise as tantas páginas lidas e fique ansioso pelo segundo título da série. Talvez senti isso pela própria natureza do nome do segundo livro, "A Aprendiz", que expressa que é o início de alguém em algo.

Então, como conclusão, é um ótimo livro e estou esperando inquietamente pelos próximos volumes. Recomendo com certeza. :D

Até mais.

sábado, 17 de agosto de 2013

"Tão ridícula mania humana enraizada de agrupar e avaliar quaisquer, possam ou não ser, pedaços do Tudo."


O humano tem, em sua vasta coleção de manias primitivas condenadas a perdurar, uma, em especial, que me irrita ao extremo:

Julgar. Categorização subconsciente.

É o ato de organizar e anexar adjetivos mentais à qualquer coisa que aconteça em sua mente no momento em que aconteça. É como etiquetar o conhecimento antes de adicioná-lo ao seu cérebro.

Parece normal, não é? Está classificado como normal em sua mente, simplesmente por que você não adquiriu a experiência que eu adquiri ao pensar neste post antes de chegar à frase aí em cima. Sua mente julgou como normal uma ação, sem conhecer suas outras dimensões aplicáveis, como sua história, a história de quem pensou nela, etc. É um absurdo, não?

Estou aqui pra tentar mostrar a parte estudada por mim desta maldita atitude espontânea, embora cheguei à conclusão de que não há solução para ela, achei realmente interessante estudá-la.

Ela foi responsável por todo o processo evolutivo do homem e também pela maioria do conhecimento científico já estabelecido e hoje teorizado por estudantes do mundo inteiro. Estando presente em eras imemoriais, ensinando ao homem que "algumas coisas eram sólidas, duras demais para comer, mas podiam ser usadas como armas", e que "outras coisas são sólidas, mas diferentes das primeiras, pois são moles/mastigáveis e podiam ser digeridas", e também que "ainda outras coisas diferentes destas anteriores correm como eu, mechem a barriga o tempo todo como eu e podem ser perigosas, devo matá-las e comê-las, já que também podem ser digeridas". E também presente em eras recentes, sendo redistribuída pelo mundo todo por professores e livros, mas em formato conscientizado, dizendo que há seres vivos cujas células são eucariontes, e há também aqueles cujas células não são eucariontes, mas procariontes. Também que embora há seres vivos que são compostos apenas de uma célula, há outros que são formados por milhões delas e existem os vírus, que não são exatamente uma célula.

Continuamos sem nada de não normal nos exemplos, mas quero dizer, que mesmo nas ciências exatas, há tantas exceções, que é como se não houvesse outra condição para categoria alguma. Como se todas pudessem (e podem) ser classificadas no mesmo "Tudo" que citei no título do post.

Acontece que, quando você percebe algo em uma pessoa, por exemplo, a opinião formada sobre ela é formada espontaneamente, sem querer. Entretanto, quando você imagina as opiniões formadas exteriormente de você, inúmeras defesas (algumas até agressivas) surgem e é possível até imaginar quem, do seu círculo social, opinaria daquele jeito e portanto, etiqueta-lo mais uma vez, com algo que é, à níveis loucamente extremos, injusto.

Como já disse, não acho que exista uma solução para esse problema. Na tese, o treino para ser neutro às ações alheias poderia amenizar, mas não torná-lo nulo. O problema em ser neutro é que isso acabaria com sua personalidade, deixando-o sem características próprias, atraentes ou não e, consequentemente, levaria à depressão por falta de amigos/elogios/companhia/vontade/PERSONALIDADE.

Perdão por ocupar seu tempo com essas besteiras, se é que você leu até aqui. Sei que não leu, preguiçoso idiota, vai lá comer, seu gordo. O que você acha do assunto? Tente estipular uma resposta manualmente, com a mente aberta que somos condicionados a ter. Eu quero ouvir sua opinião. :)

O Código Da Vinci - Dan Brown


Autor: Dan Brown
Gênero: Romance policial, Suspense
Edição Brasileira: Editora Sextante
Páginas: 432
Sinopse: Um assassinato dentro do Museu do Louvre, em Paris, traz à tona uma sinistra conspiração para revelar um segredo que foi protegido por uma sociedade secreta desde os tempos de Jesus Cristo. A vítima é o respeitado curador do museu, Jacques Saunière, um dos líderes dessa antiga fraternidade, o Priorado de Sião, que já teve como membros Leonardo da Vinci, Victor Hugo e Isaac Newton. Momentos antes de morrer, Saunière consegue deixar uma mensagem cifrada na cena do crime que apenas sua neta, a criptógrafa francesa Sophie Neveu, e Robert Langdon, um famoso simbologista de Harvard, podem desvendar. Os dois transformam-se em suspeitos e em detetives enquanto percorrem as ruas de Paris e de Londres tentando decifrar um intricado quebra-cabeças que pode lhes revelar um segredo milenar que envolve a Igreja Católica. Apenas alguns passos à frente das autoridades e do perigoso assassino, Sophie e Robert vão à procura de pistas ocultas nas obras de Da Vinci e se debruçam sobre alguns dos maiores mistérios da cultura ocidental - da natureza do sorriso da Mona Lisa ao significado do Santo Graal.

Foi a segunda vez que eu comecei a lê-lo. Na primeira, eu achei o conteúdo realmente interessante e atraente, mas os fatos citados nele pareciam muito fortes em todo sentido valorável para a humanidade; político, científico e religioso. Fortes demais, na minha opinião para uma criança (12 anos) que valorizava e frequentava a religião Católica. Como diria minha mãe, eu tive medo de ser "fraco" e abandonar as tradições religiosas da família. É. Tive medo de um livro.

Naturalmente, a biblioteca pequena à que tenho acesso me fez encontra-lo novamente e dessa vez aceitei o desafio de lê-lo e preservar minhas ideias e opiniões. O livro é genialmente escrito. Cada palavra pode mostrar significados totalmente diferentes, mas lógicos e intimamente ligados pelo passado complexo, e possivelmente mais instável até que o futuro, da humanidade. Conta a história aparentemente sem fim, mas com início há alguns milênios dos mistérios que orbitam o Santo Graal, que na verdade é muito mais que o cálice ao qual é frequentemente associado. É, mais do que isso, a prova incontestável de uma verdade capaz de desestabilizar qualquer fundamento de relação humano/religiosa.

Todas as informações e documentos ainda existentes sobre o Santo Graal estão profundamente emaranhados nas raízes anciãs de uma sociedade secreta, da qual fizeram parte os mais influentes e conhecidos habitantes da Terra, tais como Leonardo Da Vinci, Isaac Newton, Nicolas Flamel e Victor Hugo; O Priorado de Sião.

A trama atual vêm do assassinato de Jacques Saunière. Um homem aparentemente comum com hobbies que variam da elaboração de anagramas com sua neta, artesanato de projetos de Leonardo Da Vinci à rituais religiosos mascarados de uma sociedade estranha.

Jacques foi encontrado assassinado no museu do Louvre, deitado na posição d'O Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci. Perto de seu corpo, uma mensagem escrita com marcador de tinta invisível detectada por Bezu Fache, Capitão do DCPJ:
13-3-2-21-1-1-8-5   
O, Draconian Devil! (Ó, Demônio Draconiano!)  
Oh, Lame Saint! (Ó, Santa Falsa!)  
P. S. Find Robert Langdon  (P. S. Encontre Robert Langdon)
Fache deduz que o assassino pode ser Robert Langdon e o chama à cena do crime, procurando atitudes suspeitas para confirmar sua teoria.

Sophie Neveu, do departamento de criptologia, é neta de Jacques e foi envolvida no caso de descriptografar a mensagem. Ela, juntamente com Robert Langdon e, ambos sabendo que estão na mira de Fache, fogem do museu após uma "voltinha" pelo mesmo. Todos os seus atos parecem previa e detalhadamente planejados por Jacques Saunière, já morto.

Silas, o Bispo Aringarosa e o "Mestre" são membros do Opus Dei, uma organização católica que vem sendo objeto de controvérsias recentes, devido a relatos de lavagem cerebral, coerção e uma prática religiosa conhecida como mortificação corporal estão atrás da "pedra-chave", um objeto realmente poderoso que acaba ficando no caminho de Sophie e Robert.

Juntos, os três lados trançam uma trama irresistível e atraente em busca dos segredos de Jacques, sua ligação com o Santo Graal e as bases da humanidade.

domingo, 11 de agosto de 2013

Introdução ao Blog

     Este é o blog de um verme. Um verme insatisfeito com seu mundo pateticamente racionalizado pelos recentes ancestrais. Uma traça que prefere e vive em vários mundos diferentes, mas paralelos, criados por mentes brilhantes conhecidas como C. S. Lewis, J. K. Rowling, J. R. R. Tolkien, Brandon Sanderson, Eiichiro Oda...
     Mundos, esses, onde a magia é presente, a tecnologia é tosca e a política é brilhante e interessante. Onde milhares de espadas frouxam e caem diante doutra que lhes é semelhante, mas que se ergue nas mãos de um mestre puro e corajoso. Onde um dragão gloriosamente invencível falha e é punido com a vitória do herói: sua derrota.
     Meu sonho, ou o mais perto que cheguei de ter um, é criar um mundo como esses. Minha dúvida é o formato; escrito ou vivido?

Tem um botão chamado "Inspire me". Bora ver o que é isso. o/
Blogger: If you were suddenly independently wealthy, how would you spend your time?What positive change would you bring to the world?
Me: I would, certainly, spend my time doing things like answering this or blogging here. I AM wealthy of happiness, so I AM answering this. :) With this, I want bring to the world at least a little part of my unendeable happiness. So, I hope everyone who visit it be happy. Really happy. :D

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